Pedestres
As ruas são extremamente
estreitas, com exceção das principais avenidas, que são extremamente largas.
Dentro dos bairros, as ruas não têm calçada. O pouco espaço é disputado entre
os carros e as muitas vespas. Os pedestres iniciantes têm que se
espremer entre os carros e os muros. Os mais ousados e mais seguros andam até
no meio da rua porque, de fato, os carros e as motos sempre vão dar preferência
pra você passar (até nas vias com semáforo, mesmo o semáforo aberto para os
carros). Isso é fantástico. Mas, como em todo lugar do mundo, nem todas as pessoas têm bom humor e educação. Então, é bom ter cuidado!
Carros e motos
As scooters estão em toda parte.
Elas brotam em centenas em cada esquina. E convenhamos, as scooters são
justificáveis. Quando o trânsito para, haja paciência pra quem está de carro.
Sem contar a falta de vagas para estacionar. Em noites de sexta-feira é
impossível achar uma vaga perto do Teatro Massimo Bellini, onde a noite
acontece. Já aconteceu de ficar até 40 minutos só rodando pra achar uma vaga.
Isso também justifica muitas
pessoas terem carros tão tão pequenos. Smarts e Cinquecentos tem aos montes.
Poucas pessoas usam bicicletas. Não é muito
caro ter carro aqui (pelo menos, não era, mas com a crise tudo é caro). Algumas famílias chegam a ter 4 carros, inclusive menores
de 16 anos. Sim, eles têm “carros para crianças irem para a escola”; são carros
pequenos com menor potência de motor, até 60 cilindradas. Incrível. Com tanto carro e moto, o trânsito
só pode ser caótico! E é. Ninguém dá seta, todo mundo para no meio da rua e
muitos andam na contramão. Mas isso é o esperado. Isso é Sicília!
Ônibus
A passagem (ou bilhete)
custa 1 euro e deve ser comprado na Tabacchi. Existem muitas Tabacchi
espalhadas pela cidade. Não será difícil achar uma. Inclusive, você só vai
precisar saber onde elas ficam se quiser agir corretamente porque aqui ninguém
paga pra entrar no ônibus. Sim, ninguém paga. É meio louco. Os ônibus só têm
motorista e uma máquina que faz o papel de cobrador, mas não tem roleta. Ou
seja, você simplesmente entra e se senta. Não é papel do motorista checar se
você tem o bilhete ou não, então, não faz diferença – para os fora da lei. Vez
em nunca alguns fiscais andam de ônibus em ônibus verificando se os passageiros
têm bilhetes e se estão “estampados”. Porque os bilhetes são válidos por 90
minutos, então, você entra no ônibus, "stampa" seu bilhete e fica com ele de
volta pra, se quiser, usar de novo dentro do tempo limite.
Por ninguém pagar a passagem, o sistema não é tão bom e a população acaba não cobrando que muito seja feito em relação ao transporte público. Há um descaso de ambos os lados: população e prefeitura. É tipo, você finge que paga e eu fingo que acredito. E se você precisar ir a um bairro afastado, pode esperar mais de 1h30 pelo ônibus. Mas como tudo aqui é extremo, mesmo com o precário serviço, algumas “fermatas” - as mais próximas ao centro ou a pontos turísticos - têm um painel digital dizendo a hora que tal ônibus passará naquele ponto e dentro de alguns ônibus existem televisores indicando a quantos minutos e quantos metros você está de cada parada. Ótimo para turistas. Mas é comum vermos os televisores com a placa "manutenzione".
Os ônibus têm poucos assentos. Você pode dar a sorte de encontrá-lo super vazio ou... não!
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